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Livro de Eros (2024)

Livro de Eros é um livro-escultura construído em  madeira, e no seu interior contém um poema erótico, que vive do encaixe entre as palavras Eu e Tu. O livro  mede 20x13x5cm, a madeira foi pintada com viochene e corante vermelho. Levou depois uma patine de óleo de cedro e cera, por isso, tem um cheiro muito agradável. Para além do cheiro, o livro de Eros pode-se ver e ler com as mãos.

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Big Ode #4 (Mar-Jun 2008)

Capa de Big. Ode #4: Urbe, Março-Junho 2008, edição de Rodrigo Miragaia, Almada.
Colaboração na Big. Ode #4: Urbe, Março-Junho 2008, edição de Rodrigo Miragaia, Almada.

A Big Ode #4 (Mar-Jun 2008), editada por Rodrigo Miragaia. com o tema Urbe, é um número que guardo na memória com especial carinho. Na altura, também com Sara Rocio iniciamos uma itinerância conjunta, onde fazíamos leituras dos textos publicados nas apresentações da revista. Fomos ao Porto, a Coimbra, às Caldas da Rainha e participamos também no festival Edita em Punta Umbria (Espanha). Os lançamentos eram pontos de encontro entre poetas e artistas que tinham publicado na revista, porque nem sempre os conhecíamos pessoalmente, e os autores muitas das vezes também participavam nas leituras, o que era óptimo. Nestas viagens conhecemos também vários editores de revistas e outros autores. Recordo ficar surpreendida por nos apelidarem de ‘grupo de Almada’, de facto a sede era o Rodrigo lisboeta que lá residia. Nesse sentido, fomos entrevistados em Coimbra no âmbito de um estudo sobre edições independentes nas periferias das grandes cidades. Lembro-me de lhes contar que sou eborense na altura a residir em Lisboa, a Sara do Barreiro, de onde vínhamos tinha uma importância relativa, estávamos sintonizados em torno do projecto aventura do Rodrigo e a itinerância foi uma intensa experiência humana, pela partilha e convívio. Neste número colaborei com dois textos visuais labirínticos, da série ‘No Fio de Ariadne’ (2008).

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Livro de Babel 2024

A ideia já é antiga e tanto no verão passado como este desenvolvi a possiblidade de fazer uma edição deste livro-escultura, com moldes que premitem fazer multiplos. Entretanto, um exemplar do Livro de Babel está concluído e em breve termino cinco. Vou fazer uma edição de vinte exemplares, cada um com o respectivo suporte em madeira que mede 30x18x15cm. O livro é em pasta de madeira, betume acrílico, tecido, folha de ouro e mede 18x28x2,5cm.

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Livro-objecto e Múltiplos

No verão passado fiz várias experiências no sentido de modelar um pequeno livro sempre aberto, para o editar em múltiplos. Retomei este projecto, os moldes do ano passado não estavam a funcionar, por isso modelei dois novos livros em barro. A ideia é antiga. Entretanto, fiz dois protótipos em gesso, e um molde silicone com a respetiva madre, pode-se ver na segunda fotografia. O calor por estes dias vai ajudar, a ver se é desta vez que consigo fazer os moldes e múltiplos de livros. Modelei dois, prefiro o primeiro, o do meio só o fiz por ser mais simples, no caso do meu favorito ter demasiados problemas técnicos com os moldes, opto reproduzir o mais simples.

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Big Ode #2, 2007

A ‘Big Ode #2: Poesia e Imagem’ (Julho 2007) foi uma edição especial em forma de caixa e teve 150 exemplares. Com o tema ‘A Viagem’ os autores participaram enviando material em suportes diversos e incluiu um CD dos Ventilan, gravado em estúdio pelo Fernando Gomes. Recordo bem o lançamento na recém-inaugurada Fábrica de Braço-de-Prata, na altura as minhas esculturas ‘Babilónias’ estavam expostas numa parede na Sala Deleuze. Houve concerto dos Ventilan, onde fiz uma breve introdução: reencarnei na maravilhosa Mrs Florence Foster Jenkins em playback, fui vestida a rigor com asas de anjo e o som esteve a cargo do Luis Germano. Depois o Nuno Moura leu muito bem Boris Vian (aliás, foi uma tradução em português de ‘Je Suis Snob’) e o concerto teve como ponto alto a leitura de ‘A poesia dá dinheiro a Portugal’ com o Henrique Manuel Bento Fialho a dar tudo na guitarra. Além dos Ventilan, lembro-me de estarem lá a Margarida Chambel , o Miguel Rodrigues,  a Raquel Coelho, a Sara Franco, o Tiago Veiga, e não só. Como também houve concerto dos irmãos catita noutra sala, às tantas o Manuel João Vieira de viola em punho dedicou uma serenata à Sara Rocio. Não sei como o Henrique Matos, que se passeava com a capa de um single do Demis Russos a tira colo, convenceu o Manuel João a ir para o palco tocar piano e começou no microfone a dizer um longo poema do Tiago Veiga. Ele tinha apenas um papelinho tipo cábula na mão e como estava a fumar, colocou o cinzeiro no topo da careca. A Sara ao fundo da sala preocupada fazia gestos para ele não deixar cair o cinzeiro, volta e meia ele deitava lá cinza, sem parar de dizer o poema e aguentou-se até ao fim. Já às tantas da manhã, o Fernando Gomes brindou-nos com Piazzola no piano, outra surpresa inesquecível. Obrigada por esta viagem na memória Rodrigo, foi muito bom voltar a abrir a caixa do número 2 da bigode.