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Livro de Babel 2024

A ideia já é antiga e tanto no verão passado como este desenvolvi a possiblidade de fazer uma edição deste livro-escultura, com moldes que premitem fazer multiplos. Entretanto, um exemplar do Livro de Babel está concluído e em breve termino cinco. Vou fazer uma edição de vinte exemplares, cada um com o respectivo suporte em madeira que mede 30x18x15cm. O livro é em pasta de madeira, betume acrílico, tecido, folha de ouro e mede 18x28x2,5cm.

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A Casa das Musas (2024) #2

Após diversas tentativas e erros, aqui fica o meu livro ‘A Casa das Musas’ (2024) filmado por Sofia Cavalheiro, que mais uma vez tornou possível partilhá-lo convosco. Sirvam-se e disfrutem!

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Livro-objecto e Múltiplos

No verão passado fiz várias experiências no sentido de modelar um pequeno livro sempre aberto, para o editar em múltiplos. Retomei este projecto, os moldes do ano passado não estavam a funcionar, por isso modelei dois novos livros em barro. A ideia é antiga. Entretanto, fiz dois protótipos em gesso, e um molde silicone com a respetiva madre, pode-se ver na segunda fotografia. O calor por estes dias vai ajudar, a ver se é desta vez que consigo fazer os moldes e múltiplos de livros. Modelei dois, prefiro o primeiro, o do meio só o fiz por ser mais simples, no caso do meu favorito ter demasiados problemas técnicos com os moldes, opto reproduzir o mais simples.

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Halifax 1994 (2024)

‘Halifax 1994’ é um livro-diário que realizei durante a minha estadia no Nova Scotia College of Art and Design  em 1994. Agora filmado pela Sofia Cavalheiro, nem tenho palavras para lhe agradecer a magia com que registou este pedaço de Outono canadiano, tornando possivel partilhá-lo convosco passado 30 anos.

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A Casa das Musas (2024)

Ontem terminei o livro ‘A Casa das Musas’ que tem o seguinte prefácio :
 
Este livro nasceu da génese da palavra Museu (mouseión), que na Grécia Antiga significava ‘O Templo das Musas’, das nove filhas de Zeus e de Mnemósine (a deusa da memória), figuras mitológicas que inspiravam os poetas. Este livro-museu foi criado a partir de nove micro-ficções que escrevi para comemorar o dia e noite dos Museus, numa sessão realizada a 15 de Maio de 2010, organizada por Pedro Sena-Lino na Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves em Lisboa.
 
O título ‘A Casa das Musas’ encontrei-o no livro homónimo de Ana Hatherly, onde a autora concentra parte da sua arqueologia da poesia experimental portuguesa. Nas minhas ficções imaginei uma casa de conhecimento e preservação da memória, com nove espaços dedicados às musas, que aqui desenvolvi em homenagem a Ana Hatherly.
 
Este livro-casa-museu inicia-se com um jardim dedicado a Érato (musa da poesia lírica), seguindo-se um labirinto de escadas em honra de Calíope (musa da poesia épica), com acesso à biblioteca de Clio (musa da história), vizinha do planetário de Urânia (a musa da astronomia), com uma ponte para o espaço de Polímnia (musa dos hinos sagrados), cuja geometria luminosa dá acesso ao teatro de Melpómene (musa da tragédia), ao lado de um labirinto de espelhos dedicado a Tália (musa da comédia), desaguando num salão em homenagem a Terpsícore (musa da dança), comunicando com o espaço de Euterpe (musa da música), ligado circularmente à biblioteca de Clio, para encontrar novamente o espaço de Calíope e o Jardim de Érato.
 
Sejam bem-vindos à Casa das Musas.
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Caderno de desenho (2007)

Como já tinha referido anteriormente, na Big Ode #1 (Março 2007) o Rodrigo Miragaia publicou um texto a acompanhar imagens dos meus livros a preto e branco.  Deixo aqui o texto:

Caderno de desenho

Os cadernos de desenho são objetos. Contêm memória. Contêm tempo. Neles podem ficar registadas as nossas impressões e os nossos reflexos mais ou menos espontâneos. Podem ser o local ou o registo mais primário, depois da nossa própria mente, porque não tem que ter o caráter expositivo que têm outro tipo de atividades ou comportamentos (artísticos ou não) que nos trazem outro tipo de compromissos. Os cadernos de desenho correspondem ao momento em que transformamos as sensações em significados, ao momento em que traduzimos as ideias em símbolos ao momento em que fazemos opções. É nele que se escreve, desenha, pinta ou cola a nossa história. Uma identidade possível.

Diário de viagem, diário de bordo, caderno de esboços, livro de memórias. Se muitas vezes os cadernos de desenho servem apenas como meio para atingir um fim, noutras eles servem um fim em si. Existem palavras e imagens soltas que não têm outro lugar senão num caderno. Mas, pensando, sentindo e registando dedicadamente, existem autores que transformam os seus diários em obras plásticas, com forte sentido estético, coerência e carga emotiva. Obras plenas de histórias, sensações e génio.

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Livro de Babel 1997

Um livro-escultura em poliéster pintado, com capa forrada a veludo bordeaux. Foi modelado a partir dos textos labirínticos de 1993, onde as palavras eram compostas por módulos com duas letras encaixadas. Trata-se de um texto-visual em relevo compondo um livro sempre aberto sobre uma estante de música em alumínio e mede130x56x10cm.

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Jogo de sentidos 1995

‘Jogo de sentidos’ (1995) é um pequeno livro onde fui apontando ideias a construir quando frequentava o curso de escultura, no período em que o tema do jogo era central no meu trabalho. Recentemente, consegui restaurá-lo, o que implicou cozer e colar as páginas de novo, estava muito degradado.

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Labirintos 1994-2023

Em 1994, antes da minha estadia de seis meses no NSCAD em Halifax (Canadá), construi um livro de artista com textos-visuais labirínticos, onde as palavras foram compostas por módulos com duas letras encaixadas, ou seja, usando o mesmo sistema de anteriores quebra-cabeças, mas utilizando a transparência das folhas do livro, com páginas em papel vegetal.  Estes dois filmes a partir do livro foram realizados por Sofia Cavalheiro em Julho de 2023.

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Diário 1992-2023

Quando um amigo visitou o meu atelier em 2022, mostrei-lhe dois pequenos livros de artista pintados na juventude que datam de 1992. O meu amigo assustou-se, não conseguiu folheá-los, teve medo de os estragar. De facto, são livros delicados, frágeis mesmo e estão a degradar-se. Lembrei-me então de falar com a Sofia Cavalheiro e propus-lhe filmá-los antes que se desfaçam, o tempo tem esses efeitos. Ela achou boa ideia registá-los antes que morressem. Graças à magia da Sofia a quem estarei sempre grata, este diário que fiz em 1992 pode ser visto em filme. Os amigos são portos de abrigo, os bons encontros que dão sentido à existência.