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Fotogramas 1994-1996

Em 1994, durante a minha estadia em Halifax participei em duas exposições colectivas, ambas na galeria do Nova Scotia College of Art and Design. A primeira foi a convite de uma colega amiga, uma exposição de mulheres artistas. Foi uma experiência belíssima, expus um fotograma com um fragmento de uma carta de Rainer Maria Rilke a um jovem poeta, elogiando as mulheres enquanto seres humanos. O contacto com as feministas na escola de arte durante esta estadia no Canadá levou-me a uma maior reflexão sobre a condição feminina. A segunda foi com os colegas que frequentavam o Intermedia Studio orientado por Garry Neill Kennedy, onde mostrei um conjunto de fotogramas em sequência, formando assim uma narrativa visual no friso da sala. De volta a Portugal, em 1996 e já a frequentar o curso de escultura na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, alguns fotogramas foram expostos na sala na altura dedicada a Ernesto de Sousa no CAPC em Coimbra, integrados na exposição colectiva ‘Zapping Extazy’, organizada por Paulo Mendes.

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Fotogramas 1994

No ano de 1993, quando frequentei o Curso Avançado no Ar.Co produzindo sobretudo desenhos, também frequentei o curso fotografia, onde tive uma iniciação ao analógico a preto e branco. Da experiência, recordo bem o lado alquímico das imagens a surgirem no escuro quando eram reveladas, encantou-me sempre mais do que tirar fotografias. Experimentei também fazer pequenos fotogramas, utilizando desenhos em papel vegetal, textos e objectos. Entretanto surgiu a oportunidade de participar num   intercâmbio com o Nova Scotia College of Art and Design, em Halifax (Canadá), onde estive no semestre de outono de 1994. Foi uma oportunidade de expandir os fotogramas com outros meios tecnológicos, ampliando o formato e experimentando fazer a cores. A diferença é que a cores não existe luz de presença na câmara escura, ao contrário do analógico preto e branco. Deste modo, utilizava desenhos e textos em papel vegetal, assim como objectos, e colocava-os às escuras sobre o papel fotográfico, que ocupava o chão da câmara escura. Depois ligava o ampliador e só via o resultado da “composição” depois do papel fotográfico sair da máquina de revelação. O azul que utilizei surgiu por acaso após algumas experiências com outras cores, quando vi achei que era adequado e não o larguei mais. Ficou-me na memória como o azul Halifax.

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Desenhos 1993

Conjunto de desenhos apresentados na exposição colectiva ‘Bolseiros 1993’ no Ar.Co, lisboa

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Quebra-Cabeças 1993

Os meus textos-visuais nasceram do trabalho criativo sobre jogos, porque naturalmente também criei jogos visuais de palavras. Na exposição de finalistas do Ar.Co em 1993, apresentei quebra-cabeças onde as palavras eram compostas por módulos com duas letras encaixadas a preto e branco, que permitiam na leitura um jogo entre positivo e negativo. Apresentei ainda um conjunto de desenhos labirínticos, construídos com o mesmo sistema, que mais tarde originaram relevos em terracota e pinturas. Na altura não conhecia a obra dos poetas experimentais portugueses, que foram tema da minha tese de doutoramento nas Belas-Artes de Lisboa na década passada. Não me considero poeta experimental, apesar do jogo e a interdisciplinaridade serem pontos de encontro com estes autores. O meu percurso criativo situa-se num vector contrário: caminhei das artes visuais para a literatura, tanto na minha prática interdisciplinar na juventude, como mais tarde ao ilustrar poesia e ao escrever microficções, enquanto os poetas experimentais caminharam da literatura para as artes visuais ao realizarem exposições e happenings em galerias de arte.

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Quebra-Cabeças 1992

‘Quebra-Cabeças’ (1992) foi uma instalação composta por um conjunto de pinturas em acrílico, com dimensões variáveis. As pinturas eram construídas com módulos rectangulares, onde encaixavam letras diferentes a azul e verde, resultando o conjunto num jogo de palavras, que se podiam encontrar e ler, observando o positivo e o negativo. A instalação fez parte de uma exposição colectiva na Casa das Artes de Tavira de alunos que frequentavam as aulas pintura  do Ivo no Ar.Co.