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Caderno de desenho (2007)

Como já tinha referido anteriormente, na Big Ode #1 (Março 2007) o Rodrigo Miragaia publicou um texto a acompanhar imagens dos meus livros a preto e branco.  Deixo aqui o texto:

Caderno de desenho

Os cadernos de desenho são objetos. Contêm memória. Contêm tempo. Neles podem ficar registadas as nossas impressões e os nossos reflexos mais ou menos espontâneos. Podem ser o local ou o registo mais primário, depois da nossa própria mente, porque não tem que ter o caráter expositivo que têm outro tipo de atividades ou comportamentos (artísticos ou não) que nos trazem outro tipo de compromissos. Os cadernos de desenho correspondem ao momento em que transformamos as sensações em significados, ao momento em que traduzimos as ideias em símbolos ao momento em que fazemos opções. É nele que se escreve, desenha, pinta ou cola a nossa história. Uma identidade possível.

Diário de viagem, diário de bordo, caderno de esboços, livro de memórias. Se muitas vezes os cadernos de desenho servem apenas como meio para atingir um fim, noutras eles servem um fim em si. Existem palavras e imagens soltas que não têm outro lugar senão num caderno. Mas, pensando, sentindo e registando dedicadamente, existem autores que transformam os seus diários em obras plásticas, com forte sentido estético, coerência e carga emotiva. Obras plenas de histórias, sensações e génio.

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Big Ode #1, 2007

Na Big Ode #1: poesia e imagem (Março de 2007), o projecto aventura de Rodrigo Miragaia surgia com assistência minha e da Sara Rocio, e tinha mais de metade do tamanho do anterior número. Nas suas páginas o Rodrigo expôs fotografias dos meus livros-objectos acompanhados de um texto sobre cadernos de desenho. Eu colaborei com uma entrevista ao poeta experimental César Figueiredo, cuja obra se destaca na poética verbo-visual contemporânea, também por usar peculiares processos criativos. Publiquei ainda um texto sobre as suas Worm Prodution´s, originais edições que seguem o espírito das interdisciplinares fluxkits, utilizando o potencial da copy-art aliada também à apropriação de objectos na criação de múltiplos.

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Livro de Babel 1997

Um livro-escultura em poliéster pintado, com capa forrada a veludo bordeaux. Foi modelado a partir dos textos labirínticos de 1993, onde as palavras eram compostas por módulos com duas letras encaixadas. Trata-se de um texto-visual em relevo compondo um livro sempre aberto sobre uma estante de música em alumínio e mede130x56x10cm.

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Jogo de sentidos 1995

‘Jogo de sentidos’ (1995) é um pequeno livro onde fui apontando ideias a construir quando frequentava o curso de escultura, no período em que o tema do jogo era central no meu trabalho. Recentemente, consegui restaurá-lo, o que implicou cozer e colar as páginas de novo, estava muito degradado.

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Labirintos 1994-2023

Em 1994, antes da minha estadia de seis meses no NSCAD em Halifax (Canadá), construi um livro de artista com textos-visuais labirínticos, onde as palavras foram compostas por módulos com duas letras encaixadas, ou seja, usando o mesmo sistema de anteriores quebra-cabeças, mas utilizando a transparência das folhas do livro, com páginas em papel vegetal.  Estes dois filmes a partir do livro foram realizados por Sofia Cavalheiro em Julho de 2023.

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Prelúdio 1992-2023

‘Prelúdio’ (1992) foi o primeiro livro de artista que fiz em 1992, na altura frequentava as aulas de desenho do João Queiroz e Miguel Branco no Ar.Co. Foi também o primeiro livro que a Sofia Cavalheiro filmou, o primeiro passo para os meus livros de artista saírem do baú onde estavam guardados há mais de trinta anos. Graças à magia da Sofia. a quem estarei eternamente grata, este livro pode ser visto em filme. A sua amizade é mais antiga que os livros.